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Filho do farmacêutico José Pires Correia e da pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. Fez seus primeiros estudos em Avaré, Itaí e Cerqueira César. Revelou sua vocação literária desde que começou a escrever. Aos 9 anos fez o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da sua cidade natal. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro, Sonhos azuis (contos), e aos 18 anos o segundo livro, Coração (poemas livres e sonetos). Já possuía seis cadernos de poemas na gaveta, colaborava nos jornais e revistas da época, da província de São Paulo e do Rio. Teve vários contos publicados com ilustrações na Revista da Semana e no O Malho.
Foi um dos fundadores da União Artística do Interior (UAI), que promoveu dois concursos literários, um de poemas pela sede da UAI em Cerqueira César, e outro de contos pela Seção de Sorocaba. Mário Graciotti o incluiu entre os colaboradores permanentes da seção literária de A Razão, em São Paulo, que publicava um poema de sua autoria todos os domingos.
Transformou em 1928 o jornal político de seu pai em semanário literário e órgão da UAI. Mudou-se para Marília em 1940 (com 26 anos), onde adquiriu o jornal Diário Paulista e o dirigiu durante seis anos. Com José Geraldo Vieira, Zoroastro Gouveia, Osório Alves de Castro, Nichemaja Sigal, Anthol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou Estradas e ruas (poemas), que Érico Veríssimo e Sérgio Millet comentaram favoravelmente.
Em 1946 mudou-se para São Paulo e lançou seu primeiro romance, O caminho do meio, que mereceu críticas elogiosas de Afonso Schmidt, Geraldo Vieira e Wilson Martins.
Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados, são funções que exerceu na rua 7 de Abril por cerca de trinta anos.
Autor de 81 livros de filosofia, ensaios, histórias, psicologia, pedagogia, parapsicologia, romances e espiritismo, vários em parceria com Chico Xavier, sendo a maioria inteiramente dedicada ao estudo e divulgação da Doutrina Espírita. Lançou a série de ensaios "Pensamento da Era Cósmica" e a série de romances e novelas de "Ficção Científica Paranormal".
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Foi membro titular do Instituto Brasileiro de Filosofia, seção de São Paulo, onde lecionou psicologia. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1957 a 1959. Foi professor de sociologia no curso de jornalismo ministrado pelo Sindicato.
José Herculano Pires foi presidente e professor do Instituto Paulista de Parapsicologia de São Paulo. Organizou e dirigiu cursos de parapsicologia para os centros acadêmicos da Faculdade de Medicina da USP, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina e em diversas cidades e colégios do interior.<
Fundou o Clube dos Jornalistas Espíritas de São Paulo em 23/01/1948. O Clube funcionou por 22 anos.
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Exerceu ainda o cargo de chefe do Sub-Gabinete da Casa Civil da Presidência da República no governo do sr. Jânio Quadros, no ano de 1961, onde permaneceu até a renuncia do mesmo.
Foi diretor fundador da revista Educação Espírita, publicada pela Edicel.
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Traduziu cuidadosamente as obras da codificação de Allan Kardec, enriquecendo-as com notas explicativas nos rodapés. Essas traduções foram doadas a diversas editoras espíritas no Brasil, Portugal, Argentina e Espanha. Colaborou ainda com o dr. Julio Abreu Filho na tradução da Revista Espírita de Allan Kardec.
Ao desencarnar deixou vários originais, que vêm sendo publicados pela Editora Paidéia.